Estava esses dias fuçando por orkuts alheios e acabei chegando ao de uma garota ( cujo nome não será de forma alguma exposto neste blog, pois, como já foi citado anteriormente, nosso objetivo não é estragar a imagem de ninguém: as pessoas as estragam por si só sem a necessidade da nossa ajuda).

Quando olhei na seção “comunidades” do orkut dela, achei interessante ela fazer parte da comunidade “Mulheres que gostam de ler”. Na descrição da comunidade estava escrito: “ [Mulheres] Que curtem literatura, gramática, coerência e coesão, que são críticas, exigentes, perfeccionistas, admiram o teatro e a integridade das pessoas”. Pensei “Nossa, que legal!” e logo fui até o blog dela, porque, com tanta leitura e tanto amor por coerência e coesão, deve escrever coisas muito interessantes.

Ao entrar no blog dela, comecei a ler os posts.

Bem... acho que você já entendeu, não é?

Ningúem que possua o mínimo de amor pela gramática cometeria tantos erros gramaticais. Quase não havia uma frase sem um erro absurdo como por exemplo “esatamente”, “entroca”, “fasso” e “dumal” (caso você não tenha entendido: “exatamente”, “em troca”, “faço” e “do mal”). E acentos? Eles não existem, simplesmente!

É claro que todos, sendo seres humanos, cometem erros gramaticais e esquecem acentos de vez em quando. É impossível ser perfeito em algo. E é fato também que na internet as pessoas esculacham com o português. Mas a questão é dar ênfase a uma coisa, que você não é. Querer pagar de “sou amante da língua portuguesa” e escrever “porinquanto”, “exepcional”, “complicare” ou “conhecidentemente” (tradução: “por enquanto”, “excepcional”, “complicarem” e “coincidentemente”!!!) é o auge da artificialidade, da contradição; para mim isso é o fim. E como já dizia Sócrates “Só sei que nada sei”, e por isso o oráculo de Delfos o considerava o homem mais inteligente de Atenas: mesmo sabendo muito, admitia que nada sabia acima de tudo.