quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ao ser convidada pra postar aqui, pensei em escrever sobre minhas férias. Mas seria algo muito comum e logo desisti. (Todo professor de Fundamental faz isso no 1º dia de aula, por isso desisti). Pensei em escrever sobre teorias que formulei durante as férias, como aquela da “Faxineira” mas também abandonei a ideia, pois esse blog não tem a intenção de criticar ninguém (por mais que essa pessoa mereça). Então resolvi seguir o mesmo raciocínio dos posts anteriores.


Algum tempo atrás ao ouvir falar de “3º Ano”, pairava sobre mim uma enorme dúvida, talvez por lembrar dos momentos felizes que tive no Fundamental e também nos anos iniciais do Ensino Médio, mas, se realmente tudo o que eu vivi tivesse alguma importância. Não sabia definir meus sentimentos, até achar o verbete correto que definia o que realmente se passava comigo. Foi muito doloroso o processo da descoberta, pois tive que abandonar várias coisas, vários conceitos e com isso, seguir aquilo que eu realmente queria pra minha vida. Analisar tudo aquilo que você construiu em 14 anos de vida acadêmica e, seguir um caminho novo é o principal medo de diversos adolescentes. (e que inicialmente, era meu também!). Abandonar tudo o que vivi para seguir novos ideais me fez refletir. E cheguei à conclusão de que tudo o que vivi no passado, valeu a pena. Não sabia que aqueles anos de brincadeiras, risadas, brigas iam fazer tanta falta. Foram anos maravilhosos, que completaram minha vida e que eu podia me orgulhar. Mas algumas coisas que ficaram para trás voltaram e me assombravam.Digo isso não somente em relação aos estudos, mas também em relação à minha construção como “pessoa”. Perdi momentos que realmente, nunca queria ter perdido. Fiz coisas que, não queria ter feito e que hoje me arrependo profundamente. Mas tenho consciência que, tudo que eu fiz foi para meu futuro. Mas por que fiz isso, se o futuro é tão incerto? Posso dizer que o verbete “medo” me assustava muito mais quando, pensava em morar em um lugar que nem imaginava estar e que pessoas novas iam tomar um espaço novo em meu coração. Pensar em perder pessoas que eu realmente gosto, me deixava mal. Atualmente, analisando minha situação de vida, vejo que isso não importa muito. Pessoas nunca perdem espaço no coração, só deixam de ser presentes. A imagem que você tem delas nunca se vai. O amor por elas é muito maior que qualquer lembrança, seja boa ou ruim. Estar no “3º Ano do Ensino Médio” me abriu uma porta muito grande, onde tenho diversos caminhos a trilhar, mais só posso escolher um. Só agora percebi que ao se preocupar com o futuro, você começa a ter uma visão totalmente errada do mesmo.


Eu pensava que, futuro é um grande intervalo de tempo onde você se imagina trabalhando naquilo que você escolheu no passado. O futuro é o amanhã. Construímos o nosso futuro todos os dias, mesmo com atitudes errôneas.




(não achei nenhuma foto no meu arquivo pessoal que significava alguma coisa pra mim, digo, aquelas fotos de turma de colégio onde tivesse todo mundo junto. Então coloquei essa mesmo para representar meu atual modo de ver o futuro)



Parei de ter medo do “3º ano” ao pensar que é só mais um ano, e que por mim, vai ser o melhor ano da minha vida. Formatura, diploma, amigos e responsabilidade tudo aquilo que eu sentia medo, agora faz parte do ciclo natural da vida.




Obrigada Lo, ao me dar essa oportunidade :D
beeeijomeliga
Paola